"O relato de um julgamento", nas palavras de sua autora Hannah Arendt, o livro Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal (Companhia da Letras, 1999, 336 p.), escrito a partir da cobertura realizada pela autora do julgamento, em Israel em 1961, de Adolf Eichmann, para a revista The New Yorker.
Utilizando das fontes do julgamento (que no pós-escrito merecem uma análise interessante), Arendt mescla a descrição do julgamento, sua análise e reflexão filosófica sobre o genocídio nazista, seus responsáveis, colaboradores e sobre a figura central no julgamento, um funcionário-padrão, figura que representaria "a banalidade do mal".
Nos 27 capítulos Hannah Arendt descortina o julgamento em si e ao mesmo tempo nos leva a refletir e conhecer as diversas fases de atuação do 3o. Reich frente aos judeus, culminando com a Solução Final. São ainda analisados como diversos países, aliados ou invadidos pelos alemães, trataram a questão do povo judaico.
Leia resenha da obra, dissertação que analisa a obra em relação aos demais escritos e posição política de Hannah Arendt e artigo que analisa o sentido de banalidade do mal.
Imperdível e impactante.
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