Com mais de 80 anos, quase cego, Norbert Elias, já com pouco mais de 30% de sua visão, faz uma explanação informal sobre o quadro O embarque para a Ilha de Citera, em Berlim, com uma perspicácia e riqueza de detalhes que deixam os presentes pasmos.
Esse é o evento apresentado como motivador da escrita do ensaio A peregrinação de Watteau à ilha do amor (Zahar, 2005, 76 p.), na qual em três partes, Elias nos apresenta a obra, o mito da ilha do amor, as diversas recepções e apropriações da obra.
A partir de um quadro específico (de 1712), Elias discute questões envolvendo formação do gosto e das ideologias presentes nas resignificações do sentido de uma obra de arte ou de um tema.
Leia resenha do livro. Veja um vídeo com análise da pintura.
Fonte: Prof. Dr. Luiz Geraldo da Silva