O historiador norte-americano Moses Finley, em A ECONOMIA ANTIGA (Ed. Afrontamento, 1986), propôs um novo paradigma quando da sua publicação nos anos 1970 para a compreensão do mundo antigo. Um estudo provocador, no qual o autor buscava mostrar que a economia antiga não existia, que ela não possuía uma lógica interna e que tentar explicá-la seria uma tentativa vã. O conteúdo do livro desmente a expectativa criada pelo título e consegue negar a própria existência do objeto enunciado.
Para entender o que está sendo posto leia esta breve sinopse do autor: "É paradoxal que tenha escrito um livro intitulado "a economia antiga" ao mesmo tempo que afirmo que os próprios gregos e romanos não possuíam qualquer conceito de economia. Explico porquê no primeiro capítulo, onde também justifico esta tentativa de analisar um objeto que não era reconhecido como tal, na época, pelos próprios participantes... se o leitor não se deixar convencer de que economia e econômico são, no seu sentido corrente, termos e conceitos modernos, produtos do capitalismo moderno que não podem ser aplicados de maneira automática a outras formações sociais, (...) então o resto do livro não terá ponto de partida nem coerência interna."
Leia artigo que analisa o diálogo de Finley com a Antropologia e a Sociologia na escrita sobre a economia antiga.
(fonte:
Livro Grécia e Roma, de Pedro Paulo Funari e Os Historiadores, de Veronique Sales)
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